- Ano: 2014
-
Fotografias:Subvert / APP Photography
Descrição enviada pela equipe de projeto. O Próximo Futuro é o Programa Gulbenkian de Cultura Contemporânea dedicado em particular, mas não exclusivamente, à pesquisa e produção de arte na Europa, em África, na América Latina e nas Caraíbas. Neste contexto, um artista ou um atelier de arquitetura, é convidado pela Fundação Calouste Gulbenkian a projetar um pavilhão (temporário) nos jardins. Em 2014, a concessão e a criação desse espaço foi entregue à Subvert Studio.
Inspirado no Totem, o pavilhão foi concebido para se tornar um espaço de reunião, de discussão e de contemplação: um símbolo arquitetônico que engloba toda a América do Sul.
Totem é "(...) um objeto ou animal no qual uma determinada sociedade acredita ter um significado espiritual e que é adotado por essa mesma sociedade como um símbolo."
O Totem reflete os quatro elementos naturais: a terra – de onde ele surge; o ar – o elemento que o sustenta; o fogo – através da reflexão da luz e do sol; e a água – insinuado pela respetiva textura e forma. A estrutura do pavilhão é de aço e construído com placas de madeira cobertas de papel espelhado.
Ao caminhar pelos jardins da Fundação Gulbenkian, deparamo-nos com o pavilhão, uma experiência espacial de luz, de som e de cor, que espelha, de modos diversos, os elementos da criação. Na mitologia Guarani, a palavra Tupã refere-se ao deus supremo do universo e criador da luz. A sua habitação é o sol. Tupã torna-se, neste contexto, na representação arquitetônica de um continente, a América do Sul.
O Totem surge nos jardins da Fundação Gulbenkian como um objecto espelhado que é capaz de nos transportar para outras dimensões, para diferentes representações abstratas daquele continente, para as suas cores, as suas texturas e os seus sons. O espelho, as cortinas, o fumo, o som e a luz tornam-se os elementos de transformação para este objeto, irradiando a essência da própria vida.